domingo, 24 de outubro de 2010

A arte de Canalizar com Clareza

A arte de canalizar com clareza.
E. Noh-Ra Amrani
Fala-se muito sobre canalização porém, poucos parecem compreender o que seja realmente a canalização. É uma forma de arte? Por que a fazemos? O que é considerada boa canalização? No fenômeno da canalização, quem é responsável pelo que surge? Quais são os resultados desse processo?

Espero que este artigo lance alguma luz sobre a arte da canalização — que é uma prática muito antiga, e não da Nova Era, absolutamente — e como determinar se o que se está canalizando ou ouvindo de um canal, é uma canalização clara que realmente representa a Fonte, e como podemos nos beneficiar da canalização.
Quando começou?
Na antigüidade, os oráculos de Delfos, as sacerdotisas e os sacerdotes dos templos, os médiuns, videntes, feiticeiros e xamãs, eram os canais de energias dos arquétipos e dos espíritos da natureza, e até de seus próprios guias espirituais. Todas as civilizações e culturas tiveram uma forma ou outra de místicos ou de canais em transe. Com suas capacidades, eles eram capazes de penetrar em diferentes dimensões e fornecer conhecimentos que as massas não estavam treinadas para conseguir por si mesmas.

Os xamãs e os sacerdotes mantiveram viva essa forma de arte, e ela pode agora ser utilizada por quase qualquer pessoa, quando desejarem.Em muitas culturas os canais eram muito considerados, e tratados com grande respeito e honra. No entanto, através da história, muitos foram mal compreendidos e muitas vezes erroneamente acusados de praticar o mal ou rituais demoníacos, e condenados à morte acusados de bruxas ou feiticeiras.(Joana D’Arc, por exemplo).

Geralmente isso era instigado por autoridades religiosas, pois não queriam que as pessoas soubessem que elas próprias eram capazes de se conectar com a Fonte.Neste século a canalização passou por grande transformação. Hoje em dia já não é mais necessário ter um intermediário que sirva de ponte entre uma pessoa e Deus. A canalização não exige necessariamente que o canal entre em estado de transe, voltando sem nenhuma lembrança ou responsabilidade sobre o que vem através dele. Atualmente os canais têm a oportunidade de serem co-criadores no fenômeno da canalização e de estarem em igualdade com as entidades que canalizam.
Cada vez mais canais estão se tornando mais conscientes do que ocorre em seu estado alterado e assumindo a responsabilidade por sua co-criação. Eles são tão claramente um canal quanto podem ser, deixando-se ficar de lado a fim de permitir que seus mentores compareçam plenamente. Utilizam as mensagens canalizadas para ajudá-los em seu crescimento pessoal.Porém, hoje em dia ainda enfrentamos acusações similares, embora não tão radicais.
Às vezes somos ridicularizados e com freqüência ainda grosseiramente mal compreendidos e temidos. Isso é devido a canais que não tiveram o treinamento adequado, que não continuam seu próprio crescimento interior, que trazem à tona certos pontos de vista questionáveis, ou que simplesmente fornecem informações erradas.
Infelizmente, as pessoas que desconhecem o que é a canalização clara, tendem a considerar globalmente tanto os bons canais quanto aqueles não tão bons. Isso significa que informações valiosas são perdidas. Apesar disso, essas coisas podem significar grande experiência de aprendizado para todos nós.
O que é canalização?
Vamos esclarecer alguns mitos e nos reportar ao básico sobre canalização e canais.Uma importante distinção precisa ser feita entre canalização e mediunidade. O termo "mediunidade" é freqüentemente usado em lugar de "canalização". Mediunidade é um termo mais antigo e canalização vem sendo usado principalmente desde a década de sessenta. Ambos significam sintonizar finamente em um mostrador (dial) específico no espectro eletromagnético (semelhante a um rádio), que permite a conexão com outras partes de nós mesmos, com a Fonte e com outras entidades.
Pode-se ser ou um médium ou um canal; algumas pessoas são ambos.Tanto a mediunidade quanto a canalização são co-criações, embora existam diferenças entre elas. Gosto desta explicação, e a compartilho aqui com vocês com a permissão de um de meus instrutores, Shawn Randall, canalizando Torah: "Canalização é quando se está fornecendo um serviço de aconselhamento, ensinamento ou cura, para si mesmos e para os outros. Mediunização é prestar um serviço para entidades espirituais que têm suas agendas (intenções) específicas."
Canalização
A canalização permite que nos abramos para conectar com nosso próprio Eu Superior (nossa própria essência) e com a Fonte. Ela permite que uma amorosa entidade se expresse através de nós. O foco dessa entidade é compartilhar a sabedoria, o conhecimento, a ajuda através de conselhos, a cura, o auto-poder e outras formas de criatividade que beneficiam o canal e também a humanidade como um todo. Os canais também são abastecidos de informações por um mentor, telepaticamente, sem estar completamente em transe.
Canalizar é compartilhar energias, uma criação de novas energias, e um processo reflexivo, no qual o canal, o auditório, e até o ser que está sendo canalizado, estão recebendo muito desse processo.Alguns canais mantêm os olhos abertos ou fechados, ou se movimentam enquanto canalizam; isso depende da pessoa e da forma que a canalização assume. Existem canais que falam, que escrevem, dançam, tocam ou compõem música, criam obras de arte ou novas tecnologias, ou fazem curas.
Alguns são multicanais, o que significa que podem realizar várias formas diferentes de canalização, com facilidade e capacidade.Quando devaneamos ou temos visões, estamos enterrados em um bom livro, vemos um filme, meditamos ou fazemos qualquer coisa que realmente adoramos fazer, com tal concentração e intenção que o tempo cessa de existir, podemos dizer que estamos canalizando, porque naquele momento estamos abertos para receber e estamos em um estado de consciência ligeiramente alterado, sintonizando em algo específico.
Por que canalizar intencionalmente?
Somos seres divinos e criadores. Quando nos abrimos para mais do Tudo Que É, sabemos mais sobre quem somos — e as possibilidades são infinitas. "Ao aprender a entrar em contato com nossos eus biológicos e elétricos, podemos fazer de nós seres mais elevados, que transmitem o lado espiritual da vida. Quando vocês atingirem o ponto em que se pode controlar essa energia e transformá-la em uma força positiva, encontraram a parte de vocês que é Deus."
(1)A canalização é uma forma de arte que abre a criatividade e maiores possibilidades para nós mesmos através do portal do amor e da imaginação — o portal para Deus. Através da canalização nós nos abrimos para novas esferas de conscientização e perspectiva.
Ficamos mais conectados com a realidade da vida, e podemos usá-la para criar o que desejarmos.Enquanto serviço, a canalização exige a abertura para o amor e a confiança, além da capacidade e desejo de receber; fornece maior foco, intenção, discrição, auto-conhecimento e auto-respeito. É um processo contínuo. Por outro lado, quando realizada claramente, a canalização traz mais amor, compaixão, energia, clareza, foco, ensinamento, inspiração, autorização, alternativas, soberania, alegria, sabedoria e aumento da prosperidade e do crescimento.
Uma história pessoal
Há muitos anos, quando aceitei que era um canal, comecei a estudar com instrutores que acreditava serem os melhores nesse campo. Com o prosseguimento das aulas tornei-me cada vez mais aberto e mais envolvido com meu próprio processo de crescimento, sentindo a necessidade de me confrontar com meus próprios medos em relação à canalização.
Mentores espirituais, canalizados através de meus instrutores, começaram a se comunicar comigo em meu estado de sono e em meditações, ajudando-me a compreender a mim mesmo e ao que precisava para atuar.Uma experiência foi a mais profunda para mim, porque toda a minha visão sobre a canalização mudou, tanto quanto minha vida.
Uma noite, em uma meditação, fui para uma sala de aula a bordo de uma nave. Parado na frente da sala estava o ser conhecido por Bashar, um instrutor extra-terrestre do futuro, com quem já falei várias vezes através de seu canal, Darryl Anka. Sentado a meu lado estava um conhecido meu, outro canal. Bashar olhou para nós e disse: "Esta é uma aula sobre o medo.
A qualquer momento posso transformar-me em alguma outra coisa — absolutamente qualquer coisa. Mas, vocês não saberão o que será, até que aconteça." Foi isso. Estava aterrorizado e dei uma corrida apavorada em direção à porta, gritando: "Estou aqui fora!"Mas, alguma coisa me impelia a ficar. Curiosidade? Talvez. De alguma forma eu sabia que precisava enfrentar meus medos, e no momento seguinte estava de volta a meu lugar, observando Bashar. De repente ele começou a se metamorfosear nas mais horríveis e monstruosas criaturas que se pode imaginar! Meu coração disparou, eu estava em pânico.
Mesmo assim continuei olhando para aquela figura, cada vez mais profundamente. Sentia-me como se fosse um observador e um participante ao mesmo tempo. O que estava acontecendo ali?Bingo! Emergi na unicidade com um repentino dardo de clareza (iluminação). Comecei a rir e não podia mais parar, durante alguns minutos. Quando o riso acalmou, olhei para Bashar com verdadeiro amor, respeito e gratidão, e disse: "Obrigado, Bashar! Esta foi a melhor aula que já tive!". Bashar me perguntou o que aprendera dela. Respondi: "Você nunca se transformou em nada! Foram meus próprios medos do que poderia ser que se tornaram fortes e me fizeram ver as aberrações.
Mas a realidade é que você nunca mudou! Os medos e o que eu via vieram de dentro de mim!" Bashar sorriu e concordou. No momento seguinte eu estava de volta para esta terceira dimensão, pensando no que acabara de acontecer.Várias semanas mais tarde assisti uma sessão de canalização de Bashar. Precisava de confirmação sobre aquela experiência interdimensional. Disse a Bashar: "Tive uma experiência com você em sua nave.Foi uma aula. "Bashar confirmou: "Sim, era uma aula sobre o medo e você obteve um A."
Continuamos discutindo sobre a aula, para que eu e aqueles presentes à sessão pudéssemos compreender melhor. Somos seres tão poderosos e criativos, no entanto é muito raro que abracemos (aceitemos) isso dentro de nós. É mais freqüente optarmos por deixar nosso poder de lado e projetarmos nossos medos sobre os outros.A aula com Bashar me permitiu confrontar e processar meus próprios medos e ver a insensatez de como eles podem se tornar fora de proporção. Senti muito mais compaixão por mim mesmo.
Aquilo transformou minha vida e minha visão dos espíritos, da canalização e do medo! Vi o poder dentro de mim para criar, e percebi que grande serviço os instrutores espirituais nos prestam através da canalização e da meditação.Daquele dia em diante me livrei dos meus temores dos espíritos e das canalizações, o que permitiu que meu próprio processo de canalização desabrochasse.Quando pedimos, às vezes até para nosso subconsciente, recebemos o que precisamos receber. As respostas estão todas disponíveis para nós. Na meditação ou na canalização tocamos em coisas tão profundas que nossa linguagem é limitada demais para expressar em sua plenitude.
Todavia, eis uma bela explicação daquilo que experimentamos durante o processo de canalização, ou até em meditação, quando nos abrimos para mais de nossos eus-Deus. "Eu apenas tinha que pensar em uma pergunta para explorar a essência da resposta. Em um segundo compreendi como a luz funciona, a maneira como o espírito é incorporado à vida física, e porque é possível que as pessoas pensem e ajam de maneiras tão diferente." (2) Por que essa magnífica capacidade dentro de nós, por que não quereríamos explorá-la? E ela está disponível em cada um de nós.
Mediunidade
Mediunidade é a forma de canalização que permite que nos comuniquemos, ou que canalizemos diretamente, energias astrais que desejam comunicar mensagens para membros da família ou que desejam ou pedem ajuda para se transformar e fazer a transição de uma dimensão para outra, ajudando em seu crescimento. Esses espíritos têm suas próprias agendas. A mediunidade ao longo dessas linhas é uma prática muito específica e às vezes exige que se trabalhe com outros médiuns a fim de realizar a tarefa.
Seja canalização ou mediunidade, a energia atrai energia semelhante. Assim, seja qual for nosso sistema de crenças, focos ou agendas escondidas ou abertas, é isso que atrairemos em nossa prática.A mediunidade é com freqüência confundida com a canalização, quando os médiuns acreditam que estão canalizando grandes mestres de outras dimensões, apenas para descobrir que estão, de fato, atingindo aspectos de si mesmos, incluindo vidas passadas; porções de sua própria alma superior (que pode ou não ser um mentor); ou energias mais densas (astrais), energias que podem trazer e transferir agendas de medo, controle, manipulação, vícios, raiva ou abuso perigoso.
Infelizmente, esses médiuns fazem mal uso de seus dons, porque lhes falta conhecimento, bom treinamento em mediunidade ou em canalização, e não fizeram seu próprio trabalho interior (como o de processar sua própria sombra, seu ego negativo, as subpersonalidades e as agendas ocultas), o que deixa a porta aberta para atrair essas entidades.
Então, o médium/canal pode não saber como lidar com isso.Para sermos mais simples, existem médiuns ou canais que pensavam que estivessem sintonizando grandes mentores, mas na verdade estavam canalizando astrais ou aspectos de si mesmos, suas subpersonalidades. Por outro lado, muitos desses canais destreinados e muitas vezes mal informados, acreditam que essas entidades são extraterrestres negativamente orientados com uma agenda para dominar a Terra e controlar ou destruir a humanidade.
Com freqüência participam de muitas teorias de conspirações, pois existem alguns paralelos entre a experiência de abdução negativa e o plano astral. Estudos mais profundos talvez levem à compreensão do que está acontecendo.Existe uma linha fina na canalização. Precisa-se ser uma porta aberta para canalizar toda energia o tempo todo. Canais que não treinaram com um bom instrutor e não participaram de seu próprio processo de crescimento interior podem ser presas de cenários negativos, como canalizar aspectos de si mesmos às vezes percebidos como demônios, ETs ou astrais negativos.
Você pode ser um canal claro
Nós todos podemos nos tornar canais claros, sintonizando nosso rádio interior na freqüência que quisermos, sem estática.
Então, como conectar com os verdadeiros instrutores e evitar as armadilhas da canalização?
Como saber quem é quem, o que é o que?
O que estamos sintonizando, e o que nos está sintonizando?
Serão espíritos ou freqüências causadas pelo homem?
Quais são nossos objetivos na canalização?
Para que queremos usá-la?
Quem ou o que queremos canalizar?
Em quem confiamos ou a quem entregamos nosso poder?
Será que nos conhecemos tão bem quanto pensamos?
Isso será agradável ou satisfatório?
Será de real ajuda para alguém?
Como poderemos nos tornar um canal claro?
Ninguém resolve de repente se tornar um cirurgião sem primeiro adquirir a educação e a prática necessárias em medicina e cirurgia. Isso exige estudo, tempo, dedicação, crescimento, consciência, coragem, confiança, responsabilidade — e principalmente bons professores que transfiram conhecimento e sabedoria, não apenas através de palavras, mas através de seu entusiasmo e magnetismo (luz).Canalizar não é muito diferente de tornar-se cirurgião.
Uma pessoa pode espontaneamente começar a canalizar enquanto está em meditação, mas isso não faz nem garante automaticamente um bom canal. Tornar-se adepto também exige ter tudo isso acima, além da participação em nosso próprio processo de crescimento, em todas as camadas de nossa consciência e multidimensionalidade.
Significa limpar (clarear) nossas agendas (programas de trabalhos) pessoais (subpersonalidades, eu-sombra, ego negativo), que podem corromper a canalização. Compreender, transformar e integrar a raiva, o medo, o controle e a manipulação é absolutamente necessário a fim de se tornar um canal esclarecido. Os bons instrutores de canalização fornecerão a seus alunos todos os estudos sobre canalização (incluindo mediunidade, telepatia, clarividência, aconselhamento e processos de crescimento interior) além de passar adiante muitas experiências práticas, supervisionadas.
Guia Prático da Canalização
Para os canais que desejarem trabalhar com um espírito guia ou um instrutor em especial, ofereço o seguinte: Precisamos saber o que estamos fazendo quando entramos em um estado alterado e pedimos para nos conectarmos com um ser. Precisamos saber com quem estamos nos comunicando (pedindo e conseguindo confirmação da validade da informação recebida) e como desenvolver esse relacionamento com confiança, honestidade, integridade e autenticidade. Se não souberem o que estão fazendo ou com quem estão em comunicação, é aconselhável que consigam ajuda de um bom instrutor ou de um conselheiro com conhecimento.
Precisamos tratar o relacionamento de canalização assim como tratamos qualquer relacionamento sério. Devemos alimentá-lo, amá-lo, estar interessados nele e aprender com ele.
Acontece que não é para se ter medo nem para sentir que precisamos de proteção contra alguma coisa, porque tudo faz parte de nós mesmos e é parte da Fonte e portanto um reflexo. (Às vezes as pessoas sentem que precisam se cobrir de tanta proteção que ninguém pode chegar até elas!) Em vez disso, precisamos nos conhecer e estabelecer o que queremos baseados em sólidas informações e claras intenções.
Precisamos nos honrar, honrar o poder dentro de nós e nossos próprios sentimentos, depois nos abrirmos para receber aquilo no qual depositamos nosso interesse, criando uma atmosfera segura. O discernimento é uma senha para seguir nossos desejos de sermos canais esclarecidos, depois co-criar o que queremos com a entidade que canalizamos.
Mais regras básicas
Estas regras complementares são fatores importantes para criar um bom ambiente de canalização: intenção e foco; estar em contato com nossas emoções e necessidades; honestidade, discernimento e sintonia fina; pedir, depois receber o que pedimos; e finalmente, ser um canal esclarecido para que aconteça de acordo com a necessidade.
Precisamos respeitar a nós mesmos, à entidade e àqueles que participam da canalização, considerando a todos como iguais. Precisamos amar, confiar e nos sentir merecedores daquilo que vem das mais elevadas fontes para o maior bem e crescimento de todos, sem prejudicar ninguém. Além disso, não se esqueçam de sentir gratidão para consigo mesmos e para com seus instrutores, que os abrem para que recebam mais.
Quem é quem?
Como sabermos se quem está sendo canalizado é um verdadeiro instrutor?
Um ser de luz que seja um verdadeiro instrutor, incluindo nosso Eu Superior, está ali para nós, em primeiro lugar e sempre, e nos trará mais amor, luz, clareza (esclarecimento), alegria, energia, compaixão, autorização, inspiração, unidade, cura e prosperidade.
Esses seres falam de seus corações para nossos corações.
Oferecem sugestões e escolhas, dão-nos ferramentas para nos ajudar em nosso crescimento,
vêem-nos como iguais,
honram nosso livre-arbítrio (soberania),
crescimento pessoal e descoberta,
e estão disponíveis para nós com amor completo e incondicional,
não prejudicando ninguém.
As informações deles recebidas serão confirmadas até certo ponto e serão úteis e confiáveis dia após dia (com concessões para nossos próprios processos de tempo e de crescimento, respeitando nossas escolhas ao criarmos nossa própria realidade.
Eles oferecem o fato de que não são perfeitos, nem acham que sabem tudo. Às vezes eles também não estão a par de tudo. Também aprendem conosco e valorizam nosso conhecimento, amor e participação. Ajudamo-nos uns aos outros. Sentimo-nos elevados e esperançosos.
Sentiremos nosso potencial mais plenamente e seremos ternamente tocados em nossos corações depois de nos comunicarmos com esses seres.Os verdadeiros instrutores não são exigentes. Nunca nos ordenarão para fazer nada, não pedirão que os veneremos, não nos manipularão, nem nos farão sentir inferiores ou nos tratarão como dependentes.
Também, nunca nos fornecerão todas as respostas; nem tentarão nos controlar; e não tentarão ser nossa única fonte de informações. Não nos farão ter medo, raiva ou impotência, não serão abusivos, não colocarão em perigo nem a nós nem aos outros, nem nos encorajarão a fazer mal a nós mesmos ou aos outros. E eles não se sentirão superiores a nós, nem permitirão que nos sintamos superiores a outros. Nunca tentarão nos fazer pensar que seu caminho é o único caminho; nunca tentarão melhorar nossos egos negativos nem terão nenhum conflito de emoções (nenhuma raiva).
Os verdadeiros instrutores nunca insistirão para que nos separemos da família, dos amigos, ou da sociedade, nem negarão nossos eus completos, incluindo nossas emoções e sexualidade. Serão cuidadosos para não diminuir nossa energia nem nos deixar sentir desamparados ou piores do que quando os procuramos para pedir auxílio.
Se tiveram experiência com uma energia nociva, negativamente orientada, agora é hora de olhar para o que atraíram para si e porque. Talvez isso exija uma profunda pesquisa de alma, mas terá valido a pena, se vocês a compreenderem e processarem.
Lembrem-se, energia atrai energia igual, portanto, isso é seu reflexo. Talvez seu caminho de aprendizado seja através desse portal em especial. Não há erros nem vítimas, só ignorância, falta de treinamento, de conhecimento e medos de se encarar. Se não podem fazer esse trabalho interior por si mesmos, encontrem alguém qualificado que possa ajudá-los.
A canalização é um processo interminável, sempre exigindo melhoria. Ao assumir a responsabilidade por nós mesmos e por aquilo que acontece por meio de nós, tornamo-nos capazes de sermos canais esclarecidos e metafísicos maduros. Felizmente, com as orientações acima mencionadas, vocês estão agora mais capazes de determinar o que é canalização autêntica e clara.
O poder e a capacidade de mudar vêm do interior do eu, o criador dentro de nós. Quanto mais conhecermos, amarmos e respeitarmos a nós mesmos, maior probabilidade teremos de atrair instrutores melhores, que serão atraídos a nós através da afinidade, oferecendo-nos potencial ainda maior para o crescimento. A canalização clara oferece essas possibilidades a todos nós, e dentro desse processo completo estão as dádivas e os milagres prodigiosos para o eu, a humanidade e o planeta.




segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A HIERAQUIA ANGÉLICA

A Hierarquia Angélica

Atualmente, existem milhares de crenças religiosas em todo o planeta, divergindo em vários pontos de vista.

A forma de ver Deus, o comportamento e as ações humanas são diversas até porque os sistemas de crenças foram estruturados por seres humanos, com falhas de caráter e sentimentos confusos, faltando clareza espiritual suficiente para disseminar a verdade divina.
Porém, existe um assunto em que a maioria das religiões concorda sem muitas discussões: a existência dos Anjos.

A palavra anjo tem origem no latim ângelus e significa celestial; em grego a palavra Àggelos traz a idéia de mensageiro. Estando presentes na vida humana desde os primórdios, os anjos são seres puramente espirituais com a missão de cumprir os desígnios do Criador.

Alguns pesquisadores acreditam que os Anjos trabalham puramente pela obra espiritual, cumprindo as ordens vindas da hierarquia celeste, não possuindo livre-arbítrio como os seres humanos. Sendo manifestações de luz do próprio criador, não poderiam exercer uma vontade separada de sua fonte de origem, pois trabalham unidos pelas causas divinas.

Seguindo o critério mais tradicional, são nove os Coros ou Ordens Angélicas: Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos, distribuídas em três esferas.

1ª Esfera: É formada pelos Santos Anjos que estão em íntimo contato com o Criador. Dedicam-se a amar, adorar e glorificar a Deus numa constante e permanente freqüência, em grau bem mais elevado que os outros Coros. Os Santos Anjos da 1ª esfera são:

-Serafins: O nome "seraph" deriva do hebreu e significa "queimar completamente". Segundo o conceito hebraico, o Serafim não é apenas um ser que "queima", mas "que se consome" no amor ao Sumo Bem, que é o nosso Deus Altíssimo. Segundo o livro "The Urantia Book", existem os serafins cósmicos e também os celestes. Os celestes são os anjos que cercam o trono de Deus, subdivididos em: serafins de época, do progresso, os guardiães religiosos, os serafins da vida nacional, das raças, do futuro, da iluminação, da saúde, do lar, da indústria, da diversão e da pregação sobre-humana. Os serafins cósmicos seriam os responsáveis pela ordem do universo e são divididos em: serafim supremo, superior, supervisor, administrador, ajudantes planetários, pregadores de transição e serafins do futuro.

-Querubins: São considerados guardas e mensageiros dos Mistérios Divinos, com a missão especial de transmitir Sabedoria. No início da criação, foram colocados pelo Criador para guardar o caminho da Árvore da Vida. Na Bíblia, o nome dos Querubins é o mais citado, aparecendo cerca de oitenta vezes nos diversos livros. São também os Querubins os seres misteriosos que Ezequiel descreve na visão que teve, no momento de sua vocação: (Ez 10,12) Estas considerações atestam que os Querubins são conhecedores dos Mistérios Divinos.

-Tronos: Acolhem em si a Grandeza do Criador e a transmitem aos Santos Anjos de graus inferiores. São chamados "Sedes Dei" (Sede de Deus). Em síntese, os Tronos são aqueles Santos Anjos que apresentam aos Coros inferiores, o esplendor da Divina Onipotência.

2ª Esfera: São os Santos Anjos que dirigem os Planos da Eterna Sabedoria, comunicando aqueles projetos aos Anjos da Terceira Hierarquia, que vigiam o comportamento da humanidade. Eles são responsáveis pelos acontecimentos no Universo. Esta Hierarquia é formada pelos seguintes Coros de Anjos:

-Dominações: São aqueles da alta nobreza celeste. Para caracterizá-los com ênfase, São Gregório escreveu: "Algumas fileiras do exército angélico chamam-se Dominações, porque os restantes lhe são submissos, ou seja, lhe são obedientes". São enviados por Deus a missões mais relevantes e também, são incluídos entre os Santos Anjos que exercem a "função de Ministros de Deus".

-Potestades: É o Coro Angélico formado pelos Santos Anjos que transmitem aquilo que deve ser feito, cuidando de modo especial da "forma" ou "maneira" como devem ser feitas as coisas. Também são os Condutores da ordem sagrada. Pelo fato de transmitirem o poder que recebem de Deus, são espíritos de alta concentração, alcançando um grau elevado de contemplação ao Criador.

-Virtudes: As atribuições dos Santos Anjos deste Coro, são semelhantes aquelas dos Santos Anjos do Coro Potestades, porque também eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do Criador. São considerados Anjos fortes e perfeitos. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve invocar por meio de orações, o auxílio e a proteção de um Santo Anjo do Coro das Virtudes.

3ª Esfera: É formada pelos anjos que executam as ordens do Altíssimo. Eles estão mais próximos de nós e conhecem a fundo a natureza de cada pessoa que devem assistir, a fim de poderem cumprir com exatidão a vontade divina: insinuando, avisando ou socorrendo, conforme o caso. Esta hierarquia é formada pelos: Principados, Arcanjos e Anjos.

-Principados: São anjos enviados a príncipes, reis, presidentes, dioceses, de conformidade, pois atuam na formação de ideais coletivos. Na Bíblia, livro de Daniel são também apresentados como protetores de povos: (Dn 10,13). São os anjos que levam as instruções e os avisos Divinos ao conhecimento dos povos que lhe são confiados. Porém, quando esses mesmos povos desviam-se do caminho divino, os Principados transformam-se em executores das leis do carma, de forma a reconduzi-los muitas vezes através do caminho da dor, de volta a Deus.

-Anjos: Os Anjos recebem as ordens das hierarquias superiores e as executam.Outro aspecto que precisa ser considerado, é o fato de que os Anjos, guardadas as devidas proporções, estão mais perto da humanidade e por assim dizer, convivendo conosco e prestando um serviço silencioso mas de valor inestimável à cada pessoa.

Abaixo, um trecho do Livro Êxodo, da Bíblia: "Eis que envio um Anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho preparado para ti. Respeita a sua presença e observa a sua voz, e não lhe sejas rebelde, porque não perdoará a vossa transgressão, pois nele está o Meu Nome. Mas se escutares fielmente a sua voz e fizeres o que te disser, então serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários". (Ex 23,20-22).

Os Arcanjos

Os arcanjos fazem parte de uma categoria angelical muito especial. Eles são considerados protetores e estão acima dos anjos na hierarquia divina, como se exercessem uma espécie de chefia sobre os anjos. Isto não significa que eles sejam mais importantes do que outros seres divinos, mas que possuem grandes poderes.

Os arcanjos têm a função de cuidar de vários aspectos da vida humana e, principalmente, trabalharem para o bem de todos. Fazem isso, por exemplo, iluminando o pensamento de governantes, cientistas, de médicos e pessoas ligadas à área da saúde. Eles também são os responsáveis pela transmissão das mensagens divinas. A seguir, algumas informações sobre os Arcanjos mais conhecidos:

Arcanjo Gabriel

O nome Gabriel possui origem hebraica (Gabar?el) e frequentemente é traduzido como "Força de Deus" ou "Homem vigoroso de Deus".

É o Arcanjo associado a esperança, a anunciação, a revelação, sendo comumente associado a uma trombeta - é a Voz de Deus, o transmissor das notícias divinas. É citado diversas vezes na Bíblia. Ao Arcanjo Gabriel foi confiada a nobre missão de anunciar a vinda de Jesus Cristo.

Segundo o profeta: "Apareceu Gabriel da parte de Deus e me falou: dentro de setenta semanas de anos (ou seja 490 anos) aparecerá o Santo dos Santos" (Daniel 9).

Por isso é muito venerado desde a antigüidade. O termo de apresentação quando apareceu a Zacarias para anunciar-lhe que ia ter por filho João Batista foi: "Eu sou Gabriel, o que está na presença de Deus" (Luc. 1, 19).

São Lucas disse: "Foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, a uma virgem chamada Maria, e chegando junto a ela, disse-lhe: "Salve Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo". Ela ficou confusa, mas disse-lhe o anjo: "Não tenhas medo, Maria, porque estais na graça do Senhor. Conceberás um filho a quem porás o nome de Jesus. Ele será filho do Altíssimo e seu Reino não terá fim".

Segundo a tradição, o Arcanjo Gabriel são os mensageiros de Deus das Boas Novas, nos ajudam a dar bom rumo e direção à nossa vida, nos dão compreensão e sabedoria. É a ele que recorrem os que necessitam desses dons.

Segundo a religião islâmica, foi ao anjo Gabriel que foi atribuída a revelação do Corão ao profeta Mohammad (ou Maomé).

Gabriel está vinculado a chama da Aacensão e à libertação do carma da humanidade.

Arcanjo Miguel

São Miguel Arcanjo, cujo nome significa "o que é um com Deus", é considerado o chefe dos exércitos celestiais e o padroeiro da Igreja Católica. É o anjo do associado à justiça. Seu nome é citado três vezes na Bíblia Sagrada:
No capítulo 12 do livro de Daniel: "Ao final dos tempos aparecerá Miguel, o grande Príncipe que defende os filhos do povo de Deus. E então os mortos ressuscitarão. Os que fizeram o bem, para a Vida Eterna, e os que fizeram o mal, para o horror eterno".

No capítulo 12 do Livro do Apocalipse: "Houve uma grande batalha no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra Satanás e suas legiões, que foram derrotadas, e não houve lugar para eles no céu. Foi precipitada a antiga serpente, o diabo, o sedutor do mundo. Ai da terra e do mar, porque o demônio desceu a vós com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo".

- Na carta de São Judas, lê-se: "O Arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo, disse: - Que o Senhor o condene". Por isso São Miguel é mostrado atacando o dragão infernal.
Um grande número de pessoas tem devoção pelo Arcanjo Miguel, especialmente para pedir-lhe proteção contras as ciladas das energias densas. O Arcanjo Miguel pode ser invocado em situações de perigo, ou em qualquer situação que precisarmos de proteção. Porém, tem-se observado um grande número de devotos do Arcanjo direcionando todas as coisas aos cuidados de Miguel, inclusive futilidades.

Fica aqui a dica de utilizar o discernimento em todos os casos, inclusive ao invocar a presença dos Arcanjos.

Miguel está associado à chama da fé, justiça, poder, coragem e força de vontade.

Arcanjo Rafael

Rafael significa "Deus te cura". Este Arcanjo tem como sua principal característica ajudar na cura dos doentes e, por isso, é o guardião da saúde. Ele age principalmente nas instituições sociais, nos hospitais e até mesmo em casas que estejam precisando de sua ajuda.
Além de influenciar na saúde física dos seres humanos, este arcanjo também age sobre a saúde do espírito, ou seja, está sempre procurando confortar as pessoas nas horas de desespero e acalmar os sofrimentos interiores.

Além disso, também é o responsável e guardião dos talentos criativos.

Na Bíblia Sagrada, o Arcanjo Rafael é citado no Livro de Tobias, que faz parte do Antigo Testamento. Foi o Arcanjo enviado por Deus para curar a cegueira de Tobias e acompanhá-lo numa longa e perigosa viagem para conseguir uma esposa. Está associado a chama da cura através da verdade.

Rafael, junto a Miguel e Gabriel simbolizam a fidelidade, o poder e a glória dos anjos.

Façamos uma oração bem intencionada invocando a presença dos arcanjos em nossa vida, nosso lar, no trabalho, nos relacionamentos, na prosperidade, no planeta e em todas as ocasiões. A melhor oração é aquela que brota do nosso coração. Não nos preocupemos em decorar orações prontas. Os anjos reconhecem a vibração, a luz; portanto, é através de nossa energia que a oração será identificada.

A grande missão dos anjos é o auxílio em nosso desenvolvimento espiritual, bastando que sejam invocados.

Como respeitam as leis do universo e jamais interferem em nosso livre arbítrio, só se aproximarão se assim desejarmos, através de nosso amor. É só chamar.

Texto de Patrícia Cãndido
patricia@luzdaserra.com.br

UNIVERSALISMO

Universalismo

Há alguns anos atrás a questão da espiritualidade era tratada de forma religiosa. Tudo o que se referia à meditação, oração ou introspecção era rotulado ou classificado dentro de algum segmento religioso ou de crenças espirituais. Até as questões da bioenergética, como os chacras e a energia do campo áurico humano, estavam vinculadas à cultura religiosa dos povos, tanto que a aura humana, hoje já desvendada pela ciência através de equipamentos ultramodernos, antigamente estava atrelada à sabedoria milenar de algumas culturas.
Muitos nomes foram dados ao longo dos séculos para a energia do corpo humano. Os russos a chamavam de Bioenergia; os hindus, de Prana; os chineses, de Chi; os egípcios, de Ka; os japoneses, de Ki; os gregos, de Pneuma; os judeus, de Nefesh; os kahunas da Polinésia, de Mana; os alquimistas, de Fluído da Vida e os cristãos, de Luz ou Espírito Santo.

Na idade média, as pinturas renascentistas traziam imagens de santos com uma auréola dourada. Naquela época, tanto os pintores como os sábios religiosos traduziam a luz espiritual somente em obras com santos e figuras sacras. Hoje sabemos, através de comprovações científicas, que todos nós possuímos essa energia internamente como uma resultante de nosso metabolismo celular.

Talvez em toda a história da humanidade nunca houve tanta liberdade para optar entre questões espirituais. Há muita informação disponibilizada na Internet e nas livrarias, tanto que a ciência e a espiritualidade vêm convergindo para um mesmo ponto: a descoberta de muitos segredos, dos mistérios filosóficos e a união da ciência e da espiritualidade com o objetivo de tornar o ser humano integral em corpo, emoção, mente e espírito.

O surgimento da terapia holística e da medicina integrativa vem para realizar um ser humano completo e feliz em todos os sentidos, equilibrando-se consigo mesmo, com o ambiente e com a comunidade onde está presente.

As investigações científicas acerca da espiritualidade têm nos mostrado que os povos mais antigos, mesmo sem os esclarecimentos tecnológicos de hoje, já haviam mapeado todo o sistema de anatomia sutil do corpo humano. Na Índia, a medicina ayurvédica já trabalhava com anatomia sutil há 9000 anos; a medicina Tibetana já conhecia esse sistema antes da Índia. O oriente é muito rico e sábio cientificamente, desvendando há muito tempo atrás e com a simplicidade de Deus, questões que até hoje para nós, ocidentais, são um grande mistério.

Em muitos momentos questionamos por que o Oriente está tão à frente do Ocidente nessas questões. Diriamos que a diferença que existe entre o Oriente e o Ocidente é a mesma diferença que existe entre o Coração (Oriente) e o Cérebro (Ocidente).

O coração e o cérebro vivem com duas polaridades opostas. Como crianças antagonistas e hostis que preferem brigar a encontrar uma forma de sintonia e entendimento.

O coração é sábio, amoroso, expansivo, intuitivo, conectado com a Fonte Divina e é o nosso primeiro elo com a energia criadora do universo: o amor. Em contrapartida, acumula mágoas, tristezas e frustrações, principalmente por perder os limites entre o amor divino e as situações possessivas que nos conduzem ao sofrimento. O coração pode ser comparado ao Oriente porque, historicamente, os povos orientais demonstram um grande desequilíbrio entre o amor divino, a adoração religiosa e o radicalismo, que leva à fé cega, como por exemplo, os atentados no Oriente Médio, onde milhares de pessoas já foram dizimadas em nome de Alá. Para o coração prevalece o espiritual...

Se existe um grande comandante em nosso corpo, é o cérebro. Por ser lógico e racional, o cérebro se torna a maior conquista do ser humano. Nossa evolução até a materialização do raciocínio e das emoções é o que nos faz diferentes de todos os outros seres deste Planeta.

Em contrapartida, é através do cérebro que são processados nossos pensamentos: o combustível de toda a realidade material. O passo anterior a tudo o que se materializa é o processamento na mente de alguém. A própria materialização do universo e do Planeta Terra é fruto de uma mente Superior. A mente lógica e racional torna-se indispensável ao ser humano, mas, quando em desequilíbrio, provoca um distanciamento do coração e do espírito. A mente pode ser comparada ao Ocidente porque o limite de utilização dos recursos naturais e destruição da natureza foi ultrapassado há muito tempo, estabelecendo-se uma sociedade orientada para o consumo desenfreado, para a crença na matéria, esquecendo-se completamente do espírito.

Para a mente prevalece o material, tudo aquilo que é físico. E é justamente aí que o desentendimento se estabelece: a falta de equilíbrio na relação mente e coração, como uma convivência turbulenta entre vizinhos hostis. Nossa mente consciente vive na terceira dimensão e nos dá uma noção contábil de dados e fatos de realidade. O coração vive numa dimensão espiritual, onde o real não pode ser tocado.

E o que é realidade???? É somente o que pode ser visto???

O vento é real e não pode ser visto. Porém, em desequilíbrio, pode destruir cidades inteiras...

Nossa mente e coração desequilibrados criam a destruição e o caos! A mente é yin. O coração é yang.

Essa separação e desequilíbrio se deram quando a humanidade, por força de situações cármicas e equivocadas, decidiu que a energia masculina governasse o mundo. Não que a energia feminina deva prevalecer, mas é necessário que aconteça o equilíbrio entre as duas polaridades. Não podemos defender somente o coração ou a mente, mas equilibrá-los. O desrespeito para com o papel da energia yin, há milhares de anos, fez com que acontecesse uma aproximação com a racionalidade científica e um distanciamento com o mundo espiritual.

A supressão da energia yin se deu pela fragilidade do ser feminino que, ao longo dos séculos, sucumbiu à energia masculina, desequilibrando a essência humana. Então, o mundo se tornou científico, lógico, reto, duro, brutal, hostil, bélico, mecanicista e estressante...

A magia da energia yin foi extinta e a época da ?Santa Inquisição?, que dizimou milhares de inocentes, dispensa maiores comentários.

A discriminação feminina presente em algumas culturas perdura até os dias de hoje. Isso também poderia ter acontecido com a energia masculina, o que seria tão prejudicial quanto os tempos atuais.

Caro leitor, não estamos defendendo o feminismo, longe disso. O que defendemos aqui é o equilíbrio entre as forças, como se as duas polaridades estivessem de mãos dadas, lado a lado. Mas precisamos relatar o que de fato aconteceu nos últimos séculos para que possamos compreender o momento atual. A energia feminina foi suprimida a tal ponto, que necessitamos de uma intervenção Divina.

Na época em que a bomba atômica é descoberta, chegamos ao nosso limite de ignorância espiritual. Os Grandes Mestres, repletos de compaixão, interferem no plano cármico do Planeta para restabelecer o equilíbrio das forças, trazendo de volta a energia feminina, que hoje já se encontra mais presente, inclusive nos seres masculinos, trazendo-lhes mais sensibilidade e sentimentos compassivos, que são a base desta Nova Era espiritual, que vem se abrindo nos últimos anos.

Neste novo Plano Divino para a Terra está prevista a encarnação em massa de espíritos com maior vivência ocidental no oriente e vice-versa, para que uns possam aprender com os outros. Hoje é muito normal que alguém do oriente se sinta afinizado pelos assuntos do ocidente!

Com a abertura dos portais de luz, principalmente de 1992 em diante, as medicinas orientais, tão sábias, preventivas e equilibradoras, que são chamadas de alternativas, têm ocupado cada vez mais espaço na mente e no coração das pessoas. O ocidente ainda está engatinhando nesses conceitos, pois aqui os tratamentos são feitos com base na cura da doença e não no equilíbrio e felicidade do doente, prevalecendo uma atenção extrema ao físico, que é apenas o último estágio da doença, como se fosse a várzea de um rio que vai acumulando poluição e dejetos.

Na Antiguidade, a medicina, a política e a ciência sempre estiveram interligadas. Porém, quando o ser humano se distanciou de Deus, de sua essência natural, que é espiritual, e permitiu que o ego negativo prevalecesse, houve uma época de trevas e de separação.

As Cruzadas foram uma das maiores eras de distanciamento da espiritualidade. Uma visão totalmente distorcida impeliu muitos homens cegos de poder e sedentos de ira a matarem seus irmãos em nome de Deus, tudo isso por discordância religiosa, por acreditar que uma religião era a certa e outra era a errada.

Então houve a maior tragédia de todas: o corpo foi separado do espírito, o conhecimento da sabedoria, a ciência da espiritualidade, a justiça da cooperação, a firmeza separou-se da solidariedade e o amor distanciou-se do parjna*, tornando o ser humano individual e distante de Deus.

E com isso, nasceram ainda mais religiões e grupos divergentes, criados pelo ego humano para separar, para criar desunião entre os povos, para trazer a guerra, a morte e o desrespeito.

Não há necessidade de intermediários entre nós e o Todo, Deus, o Grande Espírito. Não precisamos de crença religiosa quando existe um coração pulsante no peito! O chacra cardíaco, em sânscrito, é chamado de Anahata, que possui uma das traduções como ?Câmara Secreta do Coração?. Nosso coração é a maior ponte de conexão com Deus, que é a única chave de acesso da qual necessitamos.

Isso é universalismo.

É quando cada ser humano se vê como único espiritualmente e se reconhece com o direito e a liberdade de criar sua própria forma de conectar-se à Fonte Maior, através dos seus sentidos: com a visão contemplando a natureza de Deus, seja na beleza de uma flor ou de uma tempestade. Com a audição, escutando o barulho do vento. Com o paladar, sentindo a leveza da água. Com o olfato, sentindo o cheiro da primavera e com o tato, sentindo o calor do sol... e através da intuição, desenvolvendo o sexto sentido e a plenitude do amor e da compaixão.

Ser universalista é libertar-se dos grilhões que nos aprisionam e que são criados por nossa própria consciência; congestionada de tantos dogmas e regras impostas por sistemas de crenças que hoje já não explicam sequer as coisas mais simples, porque se encontram parados.

Ultrapassados.

Empoeirados.

É necessário mudar.

Os novos tempos exigem mudanças radicais de comportamento, exigem evolução consciencial.

Ser universalista é sentir-se bem, sem culpas religiosas ou pecados originais. Como alguém pode ser feliz sabendo que já nasceu ?pecador?, num estado culposo e irreversível? Que só o fato de existir, já o faz se sentir culpado. Talvez você, amigo leitor, não se sinta assim porque está desperto.

*Parjna ? sabedoria para amar. Quem exerce o parja jamais confunde o amor com apegos e paixões obsessivas. O parjna é o amor compassivo, que compreende e respeita a liberdade individual.

Mas a realidade da maioria dos templos religiosos se caracteriza pelas massas de fiéis que carregam uma culpa hereditária e inconsciente e isso os leva a crer em palavras como castigo e punição, até que se desencadeia o mal do século: depressão e falta de esperança!

Já o ser universalista se sente em união com cada estrela, com cada parte do cosmo, com cada inseto e ser humano, neste ou em outros planos. É universal pela certeza de ser imortal. É um estado de espírito. E, por isso, esse ser humano universalista ama Jesus, Krishna, Buda, Alá e todas as criaturas do universo. Consegue enxergar a sabedoria do Todo (Deus) manifestando-se em cada um deles. Vê o Holos. Sabe que não foram os Grandes Mestres que criaram as regras religiosas, como se a vida fosse um jogo de comportamentos arquetípicos. Cada ser é único e deve desenvolver seus próprios métodos para ser feliz...

Os dogmas são falhos e não dão explicações convincentes porque são criados por nós, seres humanos, e guiados muitas vezes pela ignorância. Todos os Grandes Mestres que aqui na Terra estiveram traziam uma proposta de amor, sem separação ou religiões.

Mas algumas pessoas que detinham as principais informações acerca dos Grandes Mestres, distorceram as escrituras, deixando prevalecer seus interesses pessoais. Tanto que, até hoje, com tantas comprovações que poderiam modificar a vida humana para melhor, sempre se dá um jeito de ?abafar? ou ?esconder? os fatos, por medo da queda de estruturas milenares que são sustentadas por mentiras. Mas as máscaras estão caindo, e as estruturas se abalando. E não vai demorar muito, pela própria vontade dos Mestres e dos seres humanos, a verdade prevalecerá. Então, os que despertarem para o universalismo darão seu salto quântico, transformando a Terra em um ambiente de luz e amorosidade, eliminando sentimentos negativos, cultivando a sabedoria, o diálogo, estendendo a mão aos irmãos e cooperando para o desenvolvimento espiritual através da compaixão.

O ser humano universal sempre entende seu irmão que ainda não despertou, como a perspectiva do avô que observa seu neto. Hoje ele é avô, maduro e experiente, mas nunca esquece que um dia foi criança e por isso não exige que o neto entenda ou sinta o que é tornar-se avô. O ser humano universal compreende que a criança precisa experienciar e viver a transformação. Cada ser tem um tempo para se transformar. Ajudar um irmão sendo compassivo, compreensivo, dar dicas e muito amor é muito diferente de interferir em seu livre-arbítrio, ou forçá-lo a mudar. Isso é fanatismo, nada saudável e gera carma* negativo, por interferir no processo evolutivo alheio, além de interromper uma fase importante de autodescoberta.

Ser universal é, antes de tudo, respeitar os processos evolutivos e o momento de cada um, eliminando a ignorância para que a sabedoria aflore!


* Carma - traduzindo do idioma sânscrito (Índia), significa ação. Lei da causa e efeito. O karma, muitas vezes, é confundido com ?o mal? ou ?acertos de contas? de vidas passadas, esse é um conceito ocidental e errôneo. Carma nada mais é do que o resultado decorrente de uma ação. Qualquer ação gera um resultado cármico que pode ser positivo ou negativo.

Fonte:

CÂNDIDO, Patrícia. Grandes Mestres da Humanidade. Porto Alegre, Luz da Serra Editora, 2008.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O TEMA

Perguntas e respostas sobre o tema

1-)O que é o universalismo?

É uma forma de desenvolver a consciência sem dogmas ou paradigmas, sem determinismos, que procura unir a sabedoria do oriente a do ocidente, a ciência e a espiritualidade, aproveitando tudo que é de bom, sem preconceitos e determinismos.

É o mesmo que dizer que a melhor religião é a do coração e a melhor filosofia é a de fazer o bem, com simplicidade, leveza e amorosidade. O universalismo busca mostrar para as pessoas que não precisamos apenas de religiosidade, precisamos de espiritualidade, o que refere-se ao estado de espírito, ao nível de consciência, que é o que realmente necessitamos. Ser religioso não garante uma consciência espiritualizada.

2-)Qual é o melhor caminho para busca da espiritualidade?

Não existe um melhor caminho, assim como não existe uma melhor doutrina ou religião. Há milhares de caminhos que podem nos ajudar a desenvolver essa consciência. O fundamental é que a pessoa aprenda a assumir e cumprir compromissos com ela mesma, sendo indispensável que ela se dedique muito, aprenda a olhar para dentro, aprenda a se guiar pelo coração, pela intuição.

O melhor caminho é uma escolha pessoal, mas é sensato dizer que sempre deve ser acompanhado de muito discernimento, humildade para exterminar qualquer forma de absolutismo ou determinismo. Também é importante frisar que se não houver dedicação e aprofundamento a busca fica complicada.

A prática de leituras edificantes, o desenvolvimento do hábito da boa e velha oração, as meditações, a participação em palestras, a realização de vivências e cursos sobre a temática da espiritualidade, o contato com a natureza também são bons caminhos para se desenvolver.

3-)Se existem tantos caminhos adequados para buscar Deus, porque há tanta briga por defender qual é a melhor religião?

Porque existe muita ignorância, disputa de poder, necessidade de controle, ego, vaidade e um distanciamento muito grande da verdadeira fonte divina. Essa forma de estimular a espiritualidade está verdadeiramente fora de moda, haja visto a evidente evasão de fies em muitas religiões pelo mundo.

As religiões podem ser instrumentos auxiliares para ajudar as pessoas buscar espiritualidade, no entanto não são indispensáveis e não detém a verdade integral sobre nada. O que evidenciamos não é a luta entre o bem e o mau, no entanto a batalha acirrada entre a sabedoria e a ignorância.

4-)O que significa dizer que a melhor religião é a do amor e que a melhor filosofia é de fazer o bem?

Significa que para desenvolver a espiritualidade não precisamos ser de uma religião ou outra. Não é necessária essa escolha. Que a melhor forma de buscar a evolução espiritual acontece pelo discernimento do coração, humildade, simplicidade e leveza.

5-)Se existem várias formas de buscar a espiritualidade, e essas independem de religiões, então qual o papel das religiões nesse contexto?

As religiões são importantíssimas para muitas camadas da população em todo o mundo. Algumas pessoas estão tão distantes de suas essências que não sabem nem por onde começar essa caminhada, não estão prontas para desfrutar essa liberdade presente no século XXI.

Muitos indivíduos em seus determinados estágios evolutivos, sem uma regra ou método, jamais conseguiriam vislumbrar qualquer forma de espiritualidade. Outro fato importante é que muitas religiões são sérias e bem intencionadas, apresentando maneiras saudáveis de estreitar essa conexão do Eu do ego com o Eu divino, portanto se usadas com sabedoria podem ser muito úteis.

O que chamamos a atenção é que vivemos um período especial, porque jamais existiram tantas possibilidades e tanta liberdade nessa busca. Por conseqüência, quem souber utilizar com harmonia essa dádiva divina para atualidade, dificilmente irá se prender a qualquer religião. Isso porque não é saudável para a evolução espiritual de qualquer pessoa adotar apenas uma via de acesso a Deus.

6-)Quais as vantagens na busca pela espiritualidade no século XXI?

Nunca em toda a história da humanidade, existiu um momento tão propício para se espiritualizar e crescer consciencialmente. Liberdade, abertura, acesso, disponibilidade, tecnologia de ponta, informação em tempo real, etc. A ciência aliada a espiritualidade já dá sinais de ser a grande força evolutiva para esse século. Isso tudo utilizado com sabedoria pelo Homem se configura em um momento especial sem precedentes na história da humanidade.



Fonte:
Textos: Apostila do Curso de Evolução Espiritual Luz da Serra
Por: Bruno J. Gimenes e Patrícia Cândido


O FUTURO DAS RELIGÕES

O futuro das religiões

As religiões foram muito importantes para toda humanidade, porque precisávamos de receitas ou de fórmulas, em função de nossos níveis de consciência. Mas o homem vem evoluindo e sua forma de ver Deus também.

Nos dias de hoje, percebemos que para o indivíduo moderno, as religiões não conseguem mais explicar com esclarecimento, sensatez e sobriedade, questões como por exemplo: De onde viemos? Para onde vamos? Quem somos? Qual é a nossa missão? Porque sou brasileiro e não jamaicano? Porque sou filho desse pai? Porque sou filho daquela mãe? Porque as pessoas morrem? O que é a morte? O que é o espírito? Como posso transformar a minha realidade de vida? Por que tenho essa realidade de vida? Por que fico doente?

E todas essas, são algumas das poucas perguntas que não podem ser respondidas de forma coesa pela maioria das religiões do mundo.
Mas essa não é a única limitação. Muitas pessoas não suportam falar de Deus porque associam esse termo às insanidades ocorrentes no planeta, em que pessoas comuns se mutilam, fazem guerra, tudo para defender seus pontos de vista religiosos.

Chega de tanta ignorância e alienação! O homem precisa sair dessa hipnose insana que vive quando o assunto é a sua essência divina. Temos que aprender a perceber que somos de natureza espiritual, entendendo as implicações em que isso resulta.

Não foram os Grandes Mestres que criaram as religiões, foram os homens comuns! Suas idéias e lições amorosas sempre foram voltadas a práticas de um estilo de vida orientado a evolução do espírito, sempre de forma leve e bondosa, respeitando, perdoando e amando.

Não existe um Deus que castiga, ou um Demônio que investe nas almas pecadoras, mas um universo que responde energeticamente a tudo que fazemos.

As religiões foram realmente importantes até os tempos mais recentes na história evolutiva da humanidade, só que precisam encerrar seus ciclos, que diga-se de passagem, dignos de aplausos. Só que agora, não mais comportam as necessidades e anseios que transbordam do coração das pessoas.

Se elas continuarem assim como estão nos dias de hoje, acabarão por escravizar, tolher e atrapalhar a evolução de seus fiéis, que por sua vez, não devem ser fiéis às linhas religiosas, mas a um estilo angelical de vida. A conduta moral não deve acompanhar apenas escrituras, mas principalmente princípios de bondade, equilíbrio e amor ao próximo como a si mesmo.

Não existem fórmulas ou métodos perfeitos, não somos capazes de expressar em palavras faladas ou escritas, a divindade universal. Qualquer tentativa, mesmo que bem intencionada e elaborada, ainda que crivada de muita sabedoria, mesmo assim seria um modelo rústico diante da grandeza da mente divina e do Grande Espírito que rege esse universo incrível.

E porque falar de tudo isso?

Simplesmente porque as pessoas estão distantes de Deus. Um distanciamento que ocorre por ilimitadas causas. Falta de crença, ignorância espiritual, alienação, contrariedade, inquietação, conflitos, preguiça, e tantos e tantos motivos. O ser humano precisa de um estilo que se adapte ao jeito moderno e agitado de viver, que se ajuste e essa loucura toda que nós mesmos criamos. Ou seja, religião nenhuma, com suas estruturas dogmáticas e rituais rígidos conseguem acompanhar essa necessidade. O que reforça ainda mais as limitações das religiões e a necessidade que encerrem seus ciclos e saltem para uma nova concepção.

É importante evidenciar que, para muitas pessoas que tem preguiça de pensar, (ou até mesmo medo de buscar um conhecimento que gere uma reforma intensa) que precisam buscar no mundo exterior os ensinamentos e a conduta espiritual elevada, as religiões se mostram ainda importantes, porque estão sendo necessárias para esses níveis de consciência ainda existentes. Nesses casos, sem o amparo das estruturas religiosas tradicionais, o caos seria ainda maior, comprovando que muitas pessoas ainda não estão prontas para esse novo conceito evolutivo.

Na sua maioria, as pessoas não conseguem perceber Deus ou o Espiritual em suas vidas. Não podem compreender onde essa consciência seria necessária, mas a importância de caráter emergente se mostra quando assistimos o sofrimento diário das pessoas em seus conflitos e emoções atrapalhadas. Se o sofrimento ocorre demasiadamente, algo está errado. Definitivamente! E se a compreensão da natureza e a importância da vida lhe é algo remoto, o alerta é ainda maior.

As dores da alma estão borbulhando na crosta terrestre, e a natureza já dá sinais claros de que não anda nada contente...

Mas de que adianta falar tanto disso? Muitas pessoas concordam com tudo que foi citado acima, acatam o pensamento de que nossa essência é divina e que precisamos nos conectar a ela. Mas quando vão buscar esse Deus, essa compreensão, a confusão é grande. Isso porque nossa educação sempre foi de cultuar um Deus que se mostra distante. Isso tudo, simplesmente, porque fomos ensinados ou conduzidos no passado a buscar um caminho religioso, que é muito diferente de buscar espiritualidade.

Um homem religioso é aquele que acata e segue os ensinamentos de uma determinada religião. Já um ser espiritualizado é aquele que busca um estilo de vida fundamentado em máximas de vida, como amor, perdão, respeito, independente de rótulos ou estruturas. A espiritualidade é um estado de consciência. Assim como céu e inferno também são, que dependem muito mais da conduta de cada um do que qualquer coisa. A espiritualidade é a verdade do espírito, que pode até ser aprofundada no aprendizado religioso, mas desde que não seja apenas por uma via ou receita. Precisa ser leve, universal, senão trancará a evolução do homem, inevitavelmente.

Mas como sabemos, embora você possa concordar com tudo que foi dito, acatar integralmente, ainda assim existe uma lacuna muito grande, quando o assunto é colocar essa espiritualidade na prática, que quer dizer viver a vida com a consciência espiritual. Sem punições, dogmatismos ou ritualísticas incompatíveis com a realidade terrestre atual, o que ainda não está impregnado em nosso nível de consciência.
Por isso a importância da busca espiritual livre e simples, que torne essa caminhada algo igualmente simples, principalmente que não se materialize no formato obsoleto de uma linhagem religiosa. Mas que possa lhe ajudar a qualquer um no entendimento de que quanto maior for o nosso nível de consciência espiritual, maior também serão as nossas possibilidades de desenvolver felicidade real, duradoura. Menor também serão os sofrimentos, os conflitos e as doenças da alma. E principalmente, que tudo isso possa sim, ser feito na realidade do nosso dia-a-dia, sem dogmas.

Que possamos entender de forma gradual, tranqüila, que o conhecimento e boa utilização de algumas naturezas do universo podem ser grandes aliadas na nossa caminhada por ?aqui?. A busca espiritual não terá sentido se não melhorar a nossa história de vida, não nos fizer pessoas melhores ou não nos trouxer benefícios coletivos.

Medite sobre isso e mergulhe nessa experiência!



Fonte:
Textos: Apostila do Curso de Evolução Espiritual Luz da Serra
Por: Bruno J. Gimenes e Patrícia Cândido

A HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS RELIGIOSAS

A história da formação das estruturas religiosas

Desde os primórdios o homem percebeu que existia uma causa maior, um ser supremo, uma inteligência superior que ?comandava? e regia as leis do universo. De acordo com as observações e percepções de todos os povos que já viveram nesse planeta, Deus, hoje assim chamado, sempre existiu, sempre se fez presente, interagindo o tempo todo conosco.

As culturas foram se estruturando, a evolução do homem foi acontecendo, e de acordo com a modificação constante dos níveis de consciência dessa humanidade, as inúmeras formas de se relacionar e entender Deus também foram se ajustando.

À medida que escrituras e Avatares começaram a surgir, verdadeiros procedimentos para conceber a relação com Deus foram se apresentando, afinal a humanidade precisava de respostas, precisava de algo para se guiar, (o que era uma conseqüência do nível de consciência baixo da época), porque cada indivíduo precisava de instruções exteriores ou modelos de conduta moral e religiosa.

Assim as diferentes religiões foram se edificando no mundo todo, com marcas registradas também do regionalismo que lhes era característico. Os elementos da natureza local também sempre foram estímulos para que essa evolução acontecesse. Como cada região sempre teve suas particularidades quanto ao clima, cor de pele, aparência física, entre outros aspectos, essas diferenças foram incorporadas de forma marcante nas religiões que se constituíam.

À medida que o homem comum, (passível de erro e naturalmente imperfeito), foi vislumbrando essa nova forma de se referir a Deus, ele foi moldando e impregnando com seus dogmas e paradigmas essas estruturas religiosas, dando forma a modelos rígidos e cartilhas retas, que comumente exigiam do devoto que seguisse um pensamento pronto e acatasse sem questionar.

Quando a necessidade de controle e poder, (característico no homem ignorante de sua verdadeira essência e iludido com o plano material) foi aparecendo, as religiões foram muito utilizadas para manipulação dos interesses. A conseqüência foi óbvia; se instalaram na Terra grandes atrasos evolutivos para a nossa consciência espiritual.

Já em outras áreas do globo terrestre, as religiões traziam calma, conforto e independência aos povos. Eram utilizadas de maneira sábia, sem corrupções dos egos humanos. Isso gerava irritação a todos àqueles que queriam ser verdadeiros Deuses encarnados, pois enfraqueciam suas autoridades. Resultado: foram combatidas, reprimidas e atacadas.

Sob influências de situações como essas, todas as religiões do mundo foram avançando, procurando multiplicar os ensinamentos de Grandes Mestres que aqui estiveram. No entanto, sempre passadas de geração para geração através da interpretação pessoal dos homens comuns, o que gerou e gera profundas confusões a todas as mentes pobres de discernimento.

Fonte:
Textos: Apostila do Curso de Evolução Espiritual Luz da Serra
Por: Bruno J. Gimenes e Patrícia Cândido

Universo Holístico,Evelução e Consciência

O movimento da Nova Era

Na época atual é comum ouvirmos a expressão "Nova Era". Palavras como paradigma holístico, geração índigo, criança cristal, física quântica, medicina integrativa, chacras ou terapias alternativas já fazem parte do nosso vocabulário.

Mas, o que a Nova Era tem de novo?

Na verdade, nada.

A Nova Era se trata do conhecimento antigo traduzido para uma linguagem contemporânea.

As civilizações orientais mais antigas já citavam a medicina holística em 9000 a.C., portanto não há nada de novo e sim um agrupamento do passado com as informações da era tecnológica.

Hoje, num mundo mais livre, menos reprimido graças a uma época em que a liberdade é real e não vigiada ? ao menos em países como o Brasil - podemos falar de qualquer assunto sem repressão. Podemos expressar nossa opinião de forma livre, sem temer a morte através de uma fogueira ou guilhotina. O medo foi companheiro da humanidade durante milênios, marcado em nossas células a ferro e fogo, perdurando até os dias de hoje. Princípios como a nossa existência cíclica (reencarnação), por exemplo, caracterizam as "eras" da humanidade. Todos nós, dos ancestrais primatas ao homo sapiens, vivenciamos eras distintas, experimentamos vidas e sensações diferentes e, com isso, aprendemos, evoluímos, crescemos.

Desde a era primitiva, do "aprender a andar ereto" até a nossa atual era inteligente e digital, o homem sempre se defrontou com os mistérios da criação do universo, com o "quem sou", "de onde vim", "para onde vou". E nos momentos de transição entre as eras sempre surgem seres especiais que são formadores de opinião para introduzirem novos conceitos ou reafirmarem conceitos antigos que estão esquecidos, no intuito de ajudar no esclarecimento das principais dúvidas da humanidade.

Podemos chamar esses seres especiais de Grandes Mestres da Humanidade, porque são capazes de abandonar o ego simplesmente por amor. Porque têm senso de unidade, de que todos formamos uma única teia, uma rede de energia que nos interliga a cada ser que vive neste Planeta. Porque já nascem sabendo que em suas vidas existe uma missão específica e humildemente, deixam suas mensagens, muitas vezes em forma de parábolas, como o Mestre Jesus, em grandes livros como o Mestre Yogananda, ou em uma mensagem gravada em nossos corações, como a querida Madre Teresa. Seres que vêm a trabalho, a serviço do bem e da obra espiritual.

Entender a Nova Era é abandonar conceitos de dualismo, de separação e compreendermos que, assim como um conjunto de células trabalha em nosso corpo com harmonia e funções determinadas, nós também somos células com trabalhos específicos dentro de um grande organismo vivo: o Planeta Terra. Portanto, fazemos parte de um corpo maior e esse, por sua vez, também faz parte de algo maior chamado galáxia e, mais adiante, o Universo, que também compõe algo mais gigante ainda.

Essa Nova Era que começa a nascer compreende o ser humano como um ser sutil, composto por pontos energéticos que apresentam variações e ondas vibratórias conforme seus pensamentos, sentimentos e emoções. E realmente estamos acompanhando uma era onde os seres humanos vivenciam, a cada dia, os confrontos com sua alma, seja em frente ao espelho ou numa avenida engarrafada com buzinas ensurdecedoras. Nesses momentos, a um passo da loucura e do desespero, começam a aparecer os questionamentos que se deparam com nossa natureza essencial. Com isso, algumas perguntas tornam-se bem frequentes:

O que estou fazendo aqui, no meio deste trânsito?

É natural um nó de gravata em meu pescoço, apertando-me e me sufocando o dia inteiro?

É natural um salto tão alto machucando meus pés?

É natural respirar de forma ofegante, sem parar, uma vida inteira?

Se tenho um sistema imunológico autossuficiente é natural tomar tantas medicações?

E são tantas outras perguntas, que poderia existir um livro inteiro somente assim...

O fascínio pela era digital e tecnológica e pelas máquinas está dando lugar para uma reaproximação e encantamento com tudo aquilo que é natural, ou que é criado pelo Universo. O ser humano está sentindo ?necessidade de mato?. Cada vez mais. Uma necessidade natural de reaproximação com sua verdadeira família, com sua verdadeira morada e sua natureza.

*****

Caro leitor, para apurar se sua percepção está próxima do natural ou não, vamos fazer uma pequena brincadeira! Vamos falar algumas palavras bem no seu ouvido. Você vai lendo e calmamente imaginando e sentindo o que elas despertam em seu coração, que tipo de emoção lhe vem à mente:

Opção 1) Buzina, trânsito, fila de banco, escritório, fast-food, centro da cidade, rodoviária, gravata, salto alto, stress, cafezinho, ônibus, caminhão, camelô, farmácia, raiva, mágoa, irritação, nervosismo, stress, dor.

OK. Se você sobreviveu a tudo isso, podemos continuar.

Opção 2) Cachoeira, flor, cristal, amarelo, sol, suco natural, cachorro, alma, oração, bebê sorrindo, borboleta voando, cabelo ao vento, mar, montanha, som da água, beija-flor, abraço, risada, amor, confiança, respeito, humildade, fé.

O que lhe pareceu mais natural? Se a segunda opção for mais frequente em sua vida, parabéns! Você começa a tomar consciência de quem realmente é. Um ser humano, energético que dispõe internamente de todos os recursos de cura e que não precisa buscar equilíbrio externamente. Se a primeira opção se apresenta mais frequente em sua vida, o botão de alerta precisa ser acionado! É hora de fazer sua reforma íntima, antes que a doença se manifeste. Muitas vezes a palavra ?reforma? nos assusta. O que lembramos quando falamos na reforma de uma casa, por exemplo? Trabalho, pó, sujeira, cansaço. Talvez para transformar-se, você passe por tudo isso, porém, depois da reforma, com tudo limpo e em seus devidos lugares, a sensação de paz e satisfação é indescritível, não é mesmo?

Para uma boa reforma, precisamos adentrar em uma Nova Era, que nada mais é do que prestar atenção em si mesmo, pois a todo instante nosso corpo sinaliza se estamos vivendo conforme nossa natureza ou não. O ser humano só está presente e sobrevive até hoje aqui no Planeta Terra pela sua incrível capacidade de adaptação às situações mais adversas. Porém, é preciso equilibrar-se. Precisamos de ar puro, de sol, de natureza. É natural! É inerente... Não há como dissociar o ser humano da natureza, pois dela fazemos parte. O acúmulo de dias, meses, anos em um ambiente tenso, desequilibrado, competitivo e barulhento destrói qualquer saúde. E quando você precisar de algo externo, como várias caixas de medicação alopática, cuidado: é um alerta do não se conhecer !!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não existe aqui, de forma alguma, a intenção de firmar a extinção da alopatia... Isso é até engraçado e não falamos disso... Nunca! Precisamos das medicações alopáticas tanto quanto das medicações vibracionais, o propósito é justamente a integração das duas verdades, com equilíbrio e consciência!

Precisamos muito uns dos outros, pois cada um se destaca onde tem maior habilidade, de acordo com as características e experiências de seu espírito. Todas as profissões são louváveis e exigem seres humanos competentes e dedicados, como se fosse um verdadeiro sacerdócio. Porém, é necessário dosar o trabalho e manter o equilíbrio. Uma célebre frase do Dalai Lama diz que os homens gastam toda a saúde para ganhar dinheiro e depois todo o dinheiro para recuperar a saúde. Parece incoerente e ilusório. E realmente é!

De onde veio toda essa fome pelo stress e pelo trabalho? Você já parou para pensar nisso? Por que trabalhar tanto?

Muitas pessoas afirmam que gostam de trabalhar para se distrair. Mas distrair-se de quê? Provavelmente da evolução espiritual, pois quando ficamos sozinhos e quietos, isso nos incomoda. Nesses momentos somos obrigados a olhar para dentro de nós mesmos. E desse caminho surge uma realidade permeada pelos mais diversos conflitos. Começamos a perceber nossas inferioridades, medos, angústias e, principalmente, nossa covardia em assumir quem realmente somos: seres divinos.

Por todos esses motivos, precisamos nos distrair... com um bom carnaval, com futebol, reality-shows, uma cervejinha, uma ilusãozinha, um cigarrinho. Depois uma doençazinha. Quem sabe uma depressãozinha? E, mais tarde, o fim da vidinha vazia e cheinha de ilusões.

Concentrar-nos em nós mesmos e nos reavaliar constantemente deveriam ser práticas diárias. Essa é a felicidade real, um exame constante da nossa missão de alma: a maior característica da Nova Era.

É necessário nos libertar-mos dos conceitos que estão enraizados em nossas mentes, como o de que somos máquinas ou robôs que precisam produzir para cada vez mais acumular riquezas materiais. Os bens materiais existem para que tenhamos conforto, afinal vivemos aqui, em um planeta material, mas jamais devemos nos tornar escravos do sistema.

Não somos máquinas. Somos partículas de Deus e, como Ele, devemos contemplar a beleza do natural...

Não precisamos trabalhar até a exaustão, cumprindo uma rotina estressante, distraindo-nos na mesmice automática e esquecendo de quem realmente somos: uma alma crística.

Então fica aqui a dica de organizar a rotina de maneira que a cada dia exista um tempo de oração, de interiorização, de sentir-se... perceber-se... alongar-se... e alinhar-se com a fonte cósmica de energia!!!!!!!!!!

E se isso é tão positivo, por que não o fazemos todos os dias?

Ahhhhhhh, porque precisamos de um carro melhor. Uma casa melhor. Uma roupa melhor... De mais dinheiro... E isso nunca acaba. É um vício tão terrível quanto o das drogas ou do álcool!!! E por que queremos sempre mais e mais? Todos os prazeres e satisfações provenientes das coisas materiais são efêmeros, durando muito pouco tempo: são descartáveis e, assim que conseguimos o que queremos, acabou a graça... Viciamo-nos na matéria e nos desejos materiais, do querer cada vez mais!

Será que em um único mês de férias conseguimos compensar o desgaste de um ano inteiro de stress? Ou será mais viável construir pequenas doses diárias de prazeres que transpõem o tempo e que são verdadeiros antídotos para aniquilar a preocupação da nossa vida?

Normalmente o que nos traz preocupação, angústia e ansiedade são situações onde nada podemos fazer. Então, as preocupações só nos trazem a doença.

Tudo o que começa de forma natural deve ser resolvido da mesma forma. A sabedoria budista refere-se aos pensamentos nocivos como ?venenos da mente? e aos sentimentos nobres como ?antídotos?. E são esses antídotos que os Grandes Mestres da Humanidade sempre nos trouxeram... São esses os presentes que recebemos deles e que a grande maioria de nós, seres humanos, não soubemos aproveitar...

Esse movimento teve a iniciativa a partir do momento que almas inquietas começaram a reencarnar no nosso Planeta. Essa busca constante por respostas, e principalmente por uma ligação direta com Deus sempre proporcionou evolução. Um crescimento que quase nenhuma estrutura religiosa do mundo conseguiu, através de seus dogmas engessados, explicar na totalidade, o que reforça ainda mais o entendimento, que nenhuma religião pode responder a todos os anseios dessas almas irriquietas. E principalmente, traz a tona, algo que os Grandes Mestres da humanidade sempre falaram, o melhor caminho é o caminho do coração, e a melhor religião é a do amor universal. Mais do que isso, o fato nos mostra que são os corações sedentos por respostas, os grandes responsáveis por esse momento tão abençoado para todos nós.


Fonte:

CÂNDIDO, Patrícia. Grandes Mestres da Humanidade - Lições da Amor para a Nova Era. Porto Alegre, Luz da Serra Editora, 2008.

Transição 048